Têm
pessoas que confundem apego com amor. E chegam a acreditar que o outro pode ser
um analgésico para as suas dores; um preenchimento para o seu vazio. O apego é
um veneno que contamina a maioria das relações humanas.
Apegamo-nos facilmente às pessoas: filhos, cônjuge, amigos;
apegamo-nos às coisas, às situações, aos lugares, à rotina... e, chegamos a
desperdiçar os nossos dias para ficar montando guarda sobre esses “nossos
bens”. Quem não conhece pessoas assim? Temos que reconhecer que em nossa vida tudo
é passageiro e transitório. Nada dura para sempre, tudo se transforma. Diante
dessa verdade será que é bom apegar-se as pessoas e a tudo que nos cerca? O
apego só nos traz sofrimento com a perda. Chegamos a afirmar que a vida não tem
mais sentido e valor quando perdemos “esses bens”. Mas entenda uma coisa, não
estou querendo dizer que devemos deixar de amar para não sofrer a dor da
separação. Longe disso. Vida sem amor é vazia. Amar é viver e faz parte da
natureza humana; amar é sinal de nobreza, principalmente o amor incondicional,
aquele amor que não é exigente, que não cobra e muito menos mata! Apegar-se é
inferioridade, é ignorância.
Quanto sofrimento é gerado quando reconhecemos que o nosso
tempo aqui na Terra é limitado e devemos deixar todos esses bens conquistados
para os outros: a nossa casa, o nosso carro, as nossas roupas, o nosso talão
cinco estrelas, etc.etc.. Diz a crença popular que quando morremos presos à
matéria, aos apegos terrenos, a nossa alma dificilmente alcançará a paz e a luz
. Acho bom não duvidar disso... Nessa hora devemos fortalecer a nossa fé em
Deus e abandonar o resto. Apego nos aprisiona; desapego nos liberta.
Apegar-se é o mesmo que querer segurar o vento. Às vezes é
bom perder para darmos valor ao ganhar; às vezes é bom passar pela escassez
para aprendermos a buscar a abundancia. Às vezes é bom passar pelo abandono
para darmos valor às companhias.
Ótimo texto Professor, ajudou-me a pensar mais sobre a minha vida
ResponderExcluir