segunda-feira, 23 de novembro de 2015

APEGO, FONTE DE SOFRIMENTO


Têm pessoas que confundem apego com amor. E chegam a acreditar que o outro pode ser um analgésico para as suas dores; um preenchimento para o seu vazio. O apego é um veneno que contamina a maioria das relações humanas.

          Apegamo-nos facilmente às pessoas: filhos, cônjuge, amigos; apegamo-nos às coisas, às situações, aos lugares, à rotina... e, chegamos a desperdiçar os nossos dias para ficar montando guarda sobre esses “nossos bens”. Quem não conhece pessoas assim? Temos que reconhecer que em nossa vida tudo é passageiro e transitório. Nada dura para sempre, tudo se transforma. Diante dessa verdade será que é bom apegar-se as pessoas e a tudo que nos cerca? O apego só nos traz sofrimento com a perda. Chegamos a afirmar que a vida não tem mais sentido e valor quando perdemos “esses bens”. Mas entenda uma coisa, não estou querendo dizer que devemos deixar de amar para não sofrer a dor da separação. Longe disso. Vida sem amor é vazia. Amar é viver e faz parte da natureza humana; amar é sinal de nobreza, principalmente o amor incondicional, aquele amor que não é exigente, que não cobra e muito menos mata! Apegar-se é inferioridade, é ignorância.
          Quanto sofrimento é gerado quando reconhecemos que o nosso tempo aqui na Terra é limitado e devemos deixar todos esses bens conquistados para os outros: a nossa casa, o nosso carro, as nossas roupas, o nosso talão cinco estrelas, etc.etc.. Diz a crença popular que quando morremos presos à matéria, aos apegos terrenos, a nossa alma dificilmente alcançará a paz e a luz . Acho bom não duvidar disso... Nessa hora devemos fortalecer a nossa fé em Deus e abandonar o resto. Apego nos aprisiona; desapego nos liberta.


          Apegar-se é o mesmo que querer segurar o vento. Às vezes é bom perder para darmos valor ao ganhar; às vezes é bom passar pela escassez para aprendermos a buscar a abundancia. Às vezes é bom passar pelo abandono para darmos valor às companhias. 

Um comentário: