A INVEJA
A inveja, uma das emoções mais primitivas, é um dos sete pecados capitais citados na Bíblia. A gula, a cobiça, a luxúria, a vaidade, a preguiça e a ira são os demais pecados que, infelizmente, fazem parte do nosso dia-a-dia.
A inveja geralmente é
negada por quem a possui. Trata-se de um sentimento que mistura raiva e
tristeza e a sua origem está no mecanismo da comparação.
O
invejoso sente raiva daquele que possui aquilo que lhe falta e, ao mesmo tempo,
sente tristeza pelo fato do bem ter sido conquistado pelo outro, e não por ele.
O invejoso costuma se
alegrar com o mal do outro e, por isso, faz o que pode para subestimá-lo,
criticá-lo e mesmo ridicularizá-lo. Podemos perceber isso nas conversas
informais, o quanto incomoda algumas pessoas quando contamos algo de bom que
nos aconteceu. No lugar de participar da nossa alegria o invejoso nos
interrompe para contar algo que considera mais importante e mais grandioso que
o nosso ou, simplesmente, muda de assunto.
O invejoso se
interessa muito quando começamos a contar uma tragédia. Os altos índices de
audiência dos programas de televisão sobre a desgraça alheia confirmam esse
interesse.
A inveja é um
sentimento de inferioridade, fruto da comparação que fazemos entre nós e o
outro em algum bem específico: posses materiais na casa, no carro, na roupa, no
banco e até mesmo nas qualidades psicológicas, morais, físicas, sociais ou
espirituais.
Quando o invejoso se
sente menor que o outro ele se vangloria, se enaltece, se aumenta para evitar o
mal estar do desequilíbrio. Fala muito bem de suas próprias coisas e, ao mesmo
tempo, procura diminuir o outro através da crítica.
Quando criticamos
alguém, quando diminuímos, ofendemos; quando temos necessidade de falar mal de
alguém, provavelmente estamos nos sentindo inferiores a ele. Quando somos
tomados pelo sentimento de inveja somos incapazes de ver a luz dos outros, a
alegria, o brilho, a luminosidade de alguém, seja em que aspecto for, porque na
verdade somos incapazes de ver a nossa própria luz.
O invejoso é incapaz
de acreditar no seu potencial de vencer, de conquistar, de ter sucesso. E,
quando vencem, querem ser o primeiro, o melhor, o absoluto, senão a vitória não
tem valor algum e, muito menos, sabor de conquista.
Devemos
ter compaixão dessas pessoas porque a dor da inveja é muito forte e a única
vítima desse sentimento negativo, condenado por Deus, é o próprio invejoso que
vai se consumindo e sofrendo com esse sentimento de inferioridade.
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